quinta-feira, 8 de abril de 2010

Marley e Eu

Confesso que não esperava muito do filme Marley e Eu. Nem sabia que era uma adaptação de um livro homônimo, sucesso no mundo todo. De bobeira no domingo de Páscoa, passeando por sites de filmes on line, procurava por uma boa comédia para assistir antes de "cair nos braços de Morpheu", e eu o escolhi... Há muito tempo olhava para a carinha daquele labrador lindo e pensava: "Será?" Decidi que tinha chegado a hora de assistir e não me arrependi!

No mundo cinematográfico existem mil e um filmes sobre animais de estimação como Lessie, Benji, Free Wally, e Flipper, dentre tantos outros... Sempre explorando aquele clichêzão da lealdade, amizade, companheirismo de tais bichinhos. Poderia ficar o dia inteiro citando exemplos. Mas nenhum, pelo menos que eu saiba, retratou de maneira tão real o relacionamento entre o animal e seu dono, em especial um cão. E quem assistiu e já teve um cachorro sabe do que estou falando...

Eu já tive um casal de periquitos australianos (depois descobrimos que eram dois machos!!! Prometo que conto essa história dia desses hahahaha) e um mestiço de poodle-pequenês (meus amigos que mistura explosiva!). O fato é que para quem adora animais ou quer apenas conferir o livro na tela, Marley e Eu é um ótimo filme e mais que isso: É emocionante, lindo mesmo! O filme dirigido por David Frankel (O Diabo Veste Prada, 2006) consegue mostrar de forma natural e cativante a relação entre o cão e seu dono, o que o torna absolutamente real e ainda mais divertido.

A história se desenrola quando os jornalistas John (Owen Wilson) e Jennifer (Jennifer Aniston, é
aquelea mesmo de Friends!) se casam e vão tentar a vida na Flórida. Para testar a capacidade de criarem filhos, o casal resolve adotar um filhote de labrador hiper ativo, que mais tarde eles descobririam ser "o pior cão do mundo". O filme fala sobre a construção do amor, dentre outras coisas, e mostra as inúmeras situações que duas pessoas vivenciam no ato da constituição de uma família. Ao adotar Marley, uma espécie de teste driver para os filhos, eles descobrem também um tipo de amor único e especial.

Eu me identifiquei de cara com o filme, principalmente porque eu mesma protagonizei muitas cenas que vi. O meu cachorro também era terrível! A chegada de Marley, latindo durante a noite porque não queria ficar sozinho foi igualmente a do meu amigão. Com a diferença que meu dog só calou a boca quando eu o enrolei numa toalha, coloquei no colo e fomos os dois pra varanda esperar o sol nascer pra esquentar a gente hahahaha.

Assim como Marley, o meu cachorro também destruiu móveis, roupas, tapetes e tudo mais que ele encontrasse pela frente. Sem contar as pranchas de surf dos amigos do meu irmão que ficavam guardadas na varanda da minha casa, e os vexames na praia, quando ele escapava da coleira e saía correndo feito um doido jogando areia nas cangas de tudo mundo. E quando eu o levava para passear? Aí era o ápice do vexame! Ele simplesmente detestava a coleira e empacava na rua. Muitas vezes se enrolava com coleira e tudo nas minhas pernas e ficava latindo em sinal de protesto!! A mim só restava pegar a irritante criatura no colo e ele se achava o máximo, deveria pensar no mínimo, que era ele quem mandava na relação!!!

Mas nenhum vexame desses era maior que a alegria de chegar da escola e vê-lo a me esperar no portão, abanando o rabinho. Era incrível como ele sabia a hora que eu voltaria. E nossas conversas? Somente a ele eu contava segredos cabeludos, coisas que nem às paredes confesso! E ele ouvia tudo, me acalmava e me dava até conselhos (!). Era um cachorro muito inteligente o safado! Todas essas cenas são retratadas com perfeição no filme. O desempenho do casal de protagonistas é muito bom, a trilha sonora também, mas quem rouba a cena é mesmo o labrador, sensacional!

O final do filme, que eu não vou contar (rá!), foi pra mim foi emocionante demais, pois passei por situação semelhante, e eu chorei uns dois baldes de lágrimas... No meu caso, isso não é muito difícil, pois choro até em novela (risos). E citando uma crítica que li sobre o filme: "Só quem tem cachorro sabe o que as últimas cenas nos fazem sentir, devido ao companheirismo e o carinho únicos que nós, donos, recebemos." E parafraseando John, o dono de Marley: "Dê seu coração a um cão e ele simplesmente dará o dele em troca."Quem tiver oportunidade/curiosidade de ver o filme, vale muitíssimo à pena, eu recomendo! :)

Ficha Técnica:

Filme: Marley e Eu
Direção: Scott Frank e John Grogan
Gênero: Comédia/Drama
Duração: 123 minutos
Elenco: Jennifer Aniston, Owen Wilson, Eric Dane, Alan Arkin, Haley Bennett, Marc Macaulay

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Fraude à Baiana: Metrô de Salvador

Com a irreverência de sempre o programa CQC - Custe o que Custar - exibiu no dia 29/03 (dia do aniversário de Salvador) um quadro sobre a obra super-faturada do metrô. Obra essa que já dura 12 anos, eu disse 12 anos (!!!), era para ser entregue em 2003 e que já consumiu a soma de 0,5 bilhão de reais (Essa cifra mesmo aí!!). Mais uma amostra do oba-oba que rola na "terra da felicidade" e da axé music. Um vexame para quem é baiano e tem VERGONHA na cara! Sem mais, assistam e tirem sua próprias conclusões!



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